sábado, 29 de dezembro de 2012

Doce lembrança

 
     Eu sempre tive a conciencia de que boa parte das coisas materiais não durariam para sempre, por isso nunca me apeguei muito a elas, só que eu sempre tive a doce ilusão de que os momentos, e os sentimentos que "pareciam" ser verdadeiros iriam durar para sempre, mais não. 
     Ao fechar os olhos ainda consigo ouvir algumas palavras que me foram ditas ao longo do tempo, consigo ouvir também o leve som de uma pequena briza levando essas palavras de mim.
     Ainda me lembro vagarosamente de quando corria de um lado para o outro brincando de pega-pega com o papai, e logo depois lembro da mamãe limpando meus machucados e fazendo curativos para depois de 2 minutos eu estar correndo e brincando de novo. Lembro da minha inocência enquanto colocava minhas bonecas para dormir depois do almoço, e de quando acordava cedo só para assistir desenhos e pulava de alegria quando chegava hora de ir para a escola.
     Eu sempre gosto de lembrar de quando eu pegava as roupas e sapatos da minha mãe e fingia ser gente grande, sem saber que no futuro eu iria fazer questão de voltar no tempo para aproveitar cada vez mais a doce infância que eu vivia, sem saber eu que aqueles seriam o melhores momentos da minha vida, tudo era tão verdadeiro, sincero e prazeroso a vida era mais colorida e qualquer coisinha me alegrava.
     E com o tempo tive que crescer, olhar pra traz e querer mais e mais voltar a ser aquela inocente criança que eu costumava ser.

Cartas que jamais enviarei

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Amar ou não amar, eis a questão

    

    Eu nunca tinha reparado o quanto as pessoas desprezam o amor de tal forma condenadora, fugindo dele como se fosse a unica forma de não sentir dor, já ouvi pessoas dizerem que o amor é a pior fonte de dor de todos os tempos e que odiavam senti-lo, mais também já ouvi muita gente dizer que só sentiu-se vivo a partir do momento em que amou um alguém. 
    Na verdade acredito plenamente que todos um dia vão sentir que o amor é sua unica fonte de vida, iram viver e respirar por ele, acreditando que aquilo será eterno; Porém também acho que todos um dia vão sentir que o amor é uma droga, uma droga pesada, que te vicia facilmente e depois te mata aos poucos por dentro, até você está totalmente vazio e frio. 
    É a lei da vida, dizem que amar é sofrer, mais também dizem que quem nunca amou não viveu. Isso na verdade me faz meio que entrar em contradição, não sei se defendo ou condeno, não sei se quero ou não sentir, acho que amor é isso, é você não saber, é uma mistura de coisas opostas, amor é gelo e fogo, corpo e alma, tempestade e calmaria, briga e reconciliação, são duas pessoas sendo uma só.
    Amar é você está disposto a enfrentar tudo isso, é respirar por esse amor, enfeitiçado acreditando que aquilo é para sempre, e correr o risco de acordar do feitiço embriagado de amor, se viciando aos poucos e não podendo fugir. 
    A verdade é que não existe atalho para qualquer destino que realmente valha apena.

Cartas que jamais enviarei

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A carta que ti escrevi.



Olá querido,
    não sei muito se eu sei como começar bem esta carta, para falar a verdade fiquei olhando para essa folha de papel em branco por 5 dias inteiros sem saber o que lhe escrever, até agora não sei muito bem o que devo dizer.
    Sei perfeitamente que poderia ter te ligado ou ido até você e jogado mil conversas fora, mais sei também que eu nunca conseguiria falar tudo o que eu quero, mesmo tendo ensaiado varias vezes na frente do espelho, por isso quis fazer da forma mais clássica possível e confesso que também não sei o porque dessa decisão, pois eu poderia muito bem lhe mandar um e-mail, dizendo tudo isso que eu lhe digo nessa carta, só que por algum motivo desconhecido eu quis assim, e assim será.
    Se acalme essa não é uma carta de despedida igual a dos filmes dramáticos que eu costumo assistir, não vou lhe dizer adeus assim tão rápido, pois sei que o destino nos trará um futuro lindo juntos, não que eu acredite em destino, mais sei que vai ser assim, pois é assim que eu quero que seja e assim será, eu acredito que somos nós que fazemos nosso próprio destino, puts, isso ficou meio clichê mais não vou me levantar para pegar a borracha então ficará assim, afinal qual carta de amor não tem nem um pingo de clichê?
   Na verdade o nosso amor nunca foi tão clichê assim sempre fomos diferentes, enquanto alguns casais estão juntos, dando beijinhos, falando coisinhas fofas, tendo o relacionamento que a sociedade diz que é perfeito, lá estava nós brincando de lutinha, você me provocando e eu ti xingando, eu te provocando e você me xingando. E na boa? isso sim é um relacionamento perfeito pra mim, porque você está nele.
   Na verdade eu nunca quis um príncipe encantado, eu só queria alguém que me escutasse, queria alguém que além de secar minhas lagrimas pedisse pra mim parar de chorar, queria alguém pra dormir de conchinha, pra dizer o quanto estou bonita, e ser sincero o suficiente para dizer que estou horrível quando estou, queria alguém que olhasse nos meu olhos e me abraçasse bem forte, queria alguém pra brincar comigo e pra ser mais que alguém que eu possa chamar de meu namorado e sim alguém que eu também possa chamar de meu amigo, lá no fundo eu queria alguém pra brigar comigo, porque todos sabem que a graça dos relacionamentos são as brigas, porque depois delas vem o amor, o amor mais forte ainda.
   A questão é que eu abri mão de todos os caras que supostamente são príncipes encantados, por você, que pode não ser perfeito aos olhos da sociedade, mais é perfeito aos olhos de quem te ama, perfeito aos meus olhos.
   Por fim eu consegui, esta ai a carta escrita e talvez eu só quis escreve-la para que saiba o quanto você é importante para mim, porque as vezes a gente precisa se sentir importante, e pode ser que palavras não bastem mais é só isso que eu tenho no momento, meras palavras em um papel, meras palavras escritas por mim, para que você saiba o quanto te amo.

- Cartas que jamais enviarei
 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Afinal é só mais uma madrugada...



     Lá estava eu parada olhando pro nada em uma nostalgia profunda, com uma vela acesa por motivo nenhum só queria ficar olhando pro fogo e sentindo cheiro de vela, com o som ligado está tocando uma daquelas musicas clichês que falam de amor. Já nem sei que horas são, sei que é tarde, muito tarde, estou cansada mais sem um pingo de sono, eu só queria ficar ali pensando em qualquer coisa que vinhesse a cabeça, naquela noite eu não queria me afogar em bebiba alguma nem em nenhum tipo de droga, eu só estava me afogando na droga dos meus pensamentos. 
     Por algum motivo começo a riscar fósforos, a musica agora é ainda mais clichê, só que eu me recusava a tira-la, eu gostava da melodia e aquela letra clichê me agradava de certa forma. 
     O sono finalmente estava chegando, deitei, diminui o volume do som, voltei na musica anterior, não queria desligar pois me agradava dormir escutando musica mesmo que eu provavelmente não consiga escutar nada enquanto durmo, assoprei a vela e suspirei bem fundo, fechei os olhos.
     E mais uma longa madrugada tinha acabado para mim, afinal era só mais uma... 

- Cartas que jamais enviarei

Tolice, mais é assim que funciona, eu sempre acabo me rendendo, porque sei que seu abraço é o único com poder suficiente para me fazer esquecer o resto do mundo, e só seus beijos matam minha sede de amar!
- Cartas que jamais enviarei 

São certos detalhes que me deixam com vontade de você!


Você me abraça, eu te abraço. Me beija. Me acaricia. me morde. Me abraça de novo. A gente brinca, briga, corre, pula, dança, canta, joga vídeo game você diz que sou linda jogando, eu fico com vergonha e perco a concentração no jogo e você ainda me deixa ganhar. Me beija, e me abraça novamente. Diz que me ama. Me faz feliz com simplicidades. Me olha nos olhos e diz que perfeição existe sim. Me esquenta em dias frios. Me chama de minha. Me leva pro céi, Eu gido que você e o autor de cada história feliz minha e você me entrega de graça o que eu mais gosto em você: seu sorriso.

- Cartas que jamais enviarei.